
Tem cu de boi na área do XV
Era janeiro de 2011. O ar pesado do fim do dia de sol que deixa no chinelo os quarenta graus no interior de São Paulo dividia espaço na arquibancada do Barão de Serra Negra com os torcedores que chegavam. Nem sinal de vento na Piracicaba em que o restilo de cana já vem dizer oi para as narinas de quem aponta na curva da Bandeirantes e te joga na Luiz de Queiroz, quando os olhos já estão acostumados com as cercanias ora verdes, ora queimadas da folhagem de cana que faz companhia na estrada há algum tempo.
Já passava das sete e meia da noite no horário de verão, mas quase não se via os bilheteiros nos guichês lotados do Barão porque as camisas zebradas ainda tentavam um lugar no estádio. Além do preto e do branco, um brasão em comum em meados da década de 80 ligava os dois times que entrariam em campo para um amistoso de pré-temporada naquele dia: Santos e XV de Piracicaba. Fora as cores, a folha salarial e a posição de cada um no Campeonato Paulista — que abriria as atividades do ano — colocavam as duas equipes em mundos completamente diferentes nessa época de futebol-negócio.
O time da baixada já era a equipe que encantaria o Brasil naquele ano com a ousadia & alegria da terceira geração de meninos da Vila. Neymar, Ganso e companhia colocariam na conta do Santos o Paulista e a Libertadores da América. O XV faria um campanha inesquecível na Série A2 do estadual e voltaria, com louvor, para a disputa da liga principal paulista no ano seguinte. Mas números, estatísticas, alarde dos veículos de imprensa e até o sucesso com as meninas que gritavam enlouquecidas a cada momento que o camisa 11 do Santos pegava na bola pouco importavam na arquibancada de cimento desgastado do Barão:
- “Neymarrrrrr, seu corrrrrrno!”
Era dali, da geral, que vinham gritos eufóricos dos torcedores, mais como uma ode ao erre retroflexo do dialeto caipira do que uma ofensa ao jogador. E como no futebol aquela história do “amigos amigos, negócio à parte” também funciona, a torcida do XV estava lá fazendo seu papel — vaiando e pegando no pé do craque que explodiria no Brasil naquele ano — como só ela, com a tônica dos erres puxados, consegue fazer.
O jogo de pré-temporada da noite de ar parado de verão terminou num 0x0 sem graça, como assinalava o marcador ainda analógico do Barão, que nem chegou a dar trabalho pro moço que fica ali trocando as placas. Bom resultado para o começo do ano de um time da A2 que enfrentava um dos grandes do estado, diria um torcedor qualquer. Mas não o torcedor do XV.
Exigente, corneteira e quase folclórica, a torcida que lota o Barão de Serra Negra canta, dança e xinga. Xinga muito. Come com farofa os corneteiros profissionais da turma do amendoim do Palmeiras. Faz o papel daquele meia habilidoso que arranca com força até a entrada da área, toca pro nove que vai se desvencilhando dos beques e, na hora de decidir, perde uma bola incrível, bem debaixo do travessão, ao qual ela mesma, sem autopiedade, sentencia:
- “Seuuu lazarennnnnto”.
É assim: sangue, suor, lágrimas e muita guela puxando o erre. “Eu definiria a torcida do XV como completamente apaixonada”, diz Ramon Bisson Ferreira, de 26 anos. “Acredito que o tamanho da exigência esteja diretamente relacionada com o tamanho da paixão e do amor que os torcedores têm pelo clube. Apesar de ficar 16 anos longe da primeira divisão do campeonato, a torcida jamais abandonou o time. Somos a única equipe a colocar mais de 20 mil pessoas em uma Série A3. É um time muito tradicional, 101 anos, mas que tem a torcida sempre se renovando, com a paixão passando de geração para geração”.
Ramon é advogado e fundou o blog Histórias do XV, em 2008, quando o time ainda disputava a 3ª divisão do Campeonato Paulista (Série A3). A ideia surgiu depois que ele ganhou de herança do avô um livro do pesquisador Delphim Ferreira da Rocha Netto, um dos maiores pesquisadores de futebol do Brasil, que retrata a história do XV desde sua fundação até o ano de 1947.
“A minha relação com o XV de Piracicaba é cada vez mais forte. A paixão veio de família. Meu avô foi jornalista e radialista, cobrindo o time por diversos anos. Ele faleceu quando tinha apenas 6 anos de idade e não pude acompanhar sua trajetória. No entanto, sei que toda minha relação com o XV já está no sangue. A primeira recordação que tenho do Barão de Serra Negra foi em 1995. Naquele dia, o XV de Piracicaba derrotou o Corinthians pelo placar de 2 x 1. Apesar das dificuldades que o time passou durante toda minha infância e adolescência, sempre tentava acompanhá-lo. Hoje assisto a todas as partidas do XV na cidade de Piracicaba e algumas nas outras cidades do estado. Quando não consigo assistir, sempre acompanho pelo rádio”, conta Ramon.
Em 2013, quando o XV recebeu o Corinthians no gramado do Barão para uma partida válida pela séria A do Campeonato Paulista, o então técnico da equipe da capital viveu seu dia de pesadelo. Na saída do túnel, quando seguia em direção ao banco de reservas, escutou uma voz grave que vinha do alambrado, cinco metros atrás do bando de visitantes, chamando seu nome:
- “Êêê Tiiiiteeeee! Seu corrrneteeroo!
- Cê é chato, Titeee!
- Cê é xaropeee Titeee!
O dono da voz que não se aquieta o jogo todo é Paulo Moraes Junior, o Jubão, figura cativa nos jogos do XV. Estatura mediana, barriga saliente, garganta forte e coleção de palavrões na ponta da língua, Jubão tem um olho no peixe e outro no gato. Solta um “Vamo Quinzão!” quando o time está armando a jogada enquanto com uma das mãos, de palma espalmada, bate o tempo todo numa placa de lata fixada à meia altura no alambrado do campo, atrás do banco do técnico visitante. O barulho é ensurdecedor.
A cornetagem virou tradição e o ritual foi consagrado pela diretoria do clube em 2012. Jubão ganhou uma placa personalizada com o nome e a mão dele desenhada no centro. Direito de atormentar adquirido com a palma da mão e muita garganta.
Figuras folclóricas não faltam na arquibancada do Barão. Paulo Gimenez Castilho, o “Saponga”, é um vendedor de limão conhecido por todos ali e apaixonado pelo XV que também integra esse time, que inclui ainda a Dona Emilia Da Rocha Lima, a Lili, torcedora símbolo do XV.
“Tudo faz parte do imaginário coletivo criado em torno das tradições de Piracicaba”, diz Edson Rontani Jr, filho do desenhista que criou o mascote Nhô Quim, outro símbolo importante do time. “Tanto o Nhô Quim quanto o hino não oficial do XV são ícones que surgem como orgulho para quem é nascido aqui. É a imagem ‘exportada’ para outras cidades. Outro dia, uma colega de São Paulo me perguntou onde encontrava as tradicionais pamonhas de Piracicaba. Eu respondi que se ela soubesse que me avisasse, pois pamonhas eram difíceis de serem encontradas na cidade. Devem existir meia dúzia de pontos que as vendem tradicionalmente. Tudo isso faz parte de uma cultura cultuada ao longo dos anos”.
As palavras de Edson endossam o sentimento que existe entre os moradores de Piracicaba e o clube. É comum, por exemplo, escutar as pessoas da cidade e das redondezas usarem o bordão “tem cu de boi na área do XV”, referindo-se a alguma confusão. É daqueles episódios que o futebol vai além das quatro linhas e ganha vida própria na simplicidade cotidiana.
Segundo o que se conta, a tal expressão “Cu de boi na área do XV” foi cunhada por Léo Batista, hoje apresentador esportivo da Rede Globo. Antigamente, usando o nome de Belisário Neto, Léo trabalhava como locutor da Rádio Difusora de Piracicaba. Durante a transmissão de um jogo do XV, ficou nervoso com a pressão do adversário na área do alvinegro e soltou ao microfone, sem pestanejar: “Tem cu de boi na área.” Pronto, estava criada mais uma expressão do folclore quinzista.
Outro desses causos vem do hino popular do clube, também chamado de hino caipira. Piracicaba, que fica a 159 km da capital São Paulo, é uma das cidades do interior que abrigam campus da Universidade de São Paulo (USP). A Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) é uma unidade USP que oferece cursos nas áreas das Ciências Agrárias, Sociais Aplicadas e Ambientais. O campus ficou conhecido como a USP Caipira.
Diz-se que quando os estudantes de outras cidades chegavam para estudar na ESALQ, achavam graça com a forma de falar do piracicabano e inventaram o hino para brincar com o sotaque local. Outra hipótese, segundo o jornalista Cecílio Elias Netto, é de que o hino popular foi criado por torcedores de Campinas para satirizar os piracicabanos, que ficavam irritados ao serem chamados de caipiras. Mas, com o tempo, os quinzistas resolveram assumir a brincadeira e acrescentaram alguns versos, entre os quais “já que tá que fique” e “XV, crá, crá, crá”.
Se os xingamentos em campo ganham mais força com o erre retroflexo que ecoa nas arquibancadas, o hino do clube não seria nada sem a graça do rotacismo — nome fonético que se dá quando no lugar do ‘l’ se pronuncia ‘r’:
“Cáxara de fórfe,
Cúspere de grilo,
Bícaro de pato,
Gooooorrrrr!
Quinze! crá, crá, crá!
Asa de barata,
Nheque de portera,
Já que tá que fique,
Gooooorrrrr!
Quinze! crá, crá, crá!
Veio na Kombi véia,
Sem óio de bréque,
Di ócro de Raibã,
Gooooorrrrr!
XV! crá, crá, crá!
Carcanhá de bode,
Tocera de grama,
Já que tá que fique,
Gooooorrrrr!
XV! crá, crá, crá!”
Mas o cúspere de grilho e o bícaro de pato ainda ganham companhia da coreografia que embala o refrão. Com os braços posicionados em frente ao rosto, os quinzistas vão formando com os antebraços um X, cruzando-os, e um V, ao juntarem os cotovelos, enquanto gritam a plenos pulmões: XV! crá, crá, crá! XV! crá, crá, crá!
O CAIPIRA NHÔ QUIM
Um caipira de corpo esguio, magro, usando botinas e calças “pula brejo” que deixava à mostra as canelas finas, chapéu na cabeça e nas mãos um bacamarte, um guarda-chuva ou uma vara de pescar. Em 1948, quando o Nhô Quim surgiu pelas mãos do desenhista Edson Rontani, ele logo ganhou a simpatia da torcida quinzista, mas ainda não tinha nome.
Morador da cidade e torcedor do XV, Edson acompanhava os jogos pelo rádio e teve a ideia de caracterizar o caipira local como símbolo do Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba. Dos traços que fazia nos cadernos de escola caricaturando professores, foi um pulo para passar a desenhar o caipira em cartolinas e espalhá-lo entre a torcida. Chegou a expor alguns desses desenhos no Chalet Paulista, casa de jogos e materiais esportivos que ficava próximo à Praça José Bonifácio e da sede administrativa do clube.
O caipira de Edson foi cativando os torcedores, que se identificavam com o desenho. Se o time ganhava, ele aparecia rindo. Outras vezes, apanhando ou safando-se de outros mascotes dos times rivais.
O batismo oficial do Nhô Quim, entretanto, não aconteceu na sua cidade natal. Rocha Netto, um jornalista apaixonado por futebol que cobria os times da região para o jornal A Gazeta Esportiva foi quem levou o caipira para a capital. Era 1948 e o XV tinha sido campeão da Lei do Acesso (que dava a oportunidade de um time do interior disputar a divisão principal do futebol paulista). Depois de cobrir o jogo, o jornalista voltou para a capital com um dos desenhos de Rontani nas mãos. Na redação, mostrou o caipira do XV para os diretores do jornal. Thomas Mazzoni, editor responsável na época, gostou logo de cara da caricatura, mas as condições técnicas do desenho impediam de passá-lo para a clicheria, matriz utilizada na impressão dos jornais. A solução encontrada para não desperdiçar o caipira foi mostrar o desenho para um dos ilustradores do jornal, Nino Borges, que o reproduziu para aquela edição.
Mas ainda faltava um nome. O caipira lembrava muito o jeca do Monteiro Lobato, mas precisava de uma identificação só sua. Mazzoni pensou em chamá-lo de Quinzinho, o diminutivo do nome do clube. Mas ainda faltava alguma coisa. Como Rocha Neto estava sempre em Piracicaba, perguntou a ele qual era o tratamento que o pessoal de lá usava para se referir às pessoas.
- Sinhô, ele disse.
- Sinhô Quinzinho… Senhor Quinzinho… muito longo. Nhô Quim, emendou Rocha Netto, batizando de vez o caipira, já que era comum usar o “nhô” como simplificação de “senhor” naquela época.
Foi assim que em 29 de janeiro de 1949 a Gazeta publicou pela primeira vez o mascote do Esporte Clube XV de Novembro: um caipira com um guarda-chuva na mão, sendo apresentado aos times que disputavam o campeonato paulista como o Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Santos, Portuguesa, Juventus, entre outros.
Outros ilustradores além de Nino Borges também desenharam o Nhô Quim em vários jornais porque o seu criador, Edson Rontani, não tinha como expor seus desenhos na imprensa local. No livro “Nhô Quim — A história que eu conheço”, Edson Rontani Jr, o filho do ilustrador, resgata toda a trajetória do caipira e as dificuldade do pai em expor os desenhos. Ele conta, por exemplo, que os primeiros registros que a família possui são de 1952, quando o Jornal de Piracicaba publica um desenho tímido, medindo pouco mais de uma foto de passaporte.
Naquela época, os jornais locais só publicavam colaborações se elas se encaixassem em seus padrões, ou seja, o desenho só era publicado se fosse fornecido o clichê pelo autor. O custo com o clichê não era assumido pelo jornal.
Edson Rontani Jr. lembra que os traços originais feitos pelo pai em 1948 só foram publicados em 1952 no Jornal de Piracicaba com clichês reticulados pelo jornalista e pintor Eugênio Luiz Losso. Um ano depois, o Diário de Piracicaba, comandado por Sebastião Ferraz, adquire uma máquina de clichês, proporcionando a impressão semanal do Nhô Quim, sempre aos domingos.
“Hoje a história está caindo no esquecimento”, lamenta Edson. “Isso porque de 1948 a 1997 meu pai o desenhou quase semanalmente nos jornais locais como o Jornal de Piracicaba, O Diário, Tribuna e O Democrata. Quando seu principal artista faleceu criou-se uma lacuna na imprensa local. Não houve mais quem desse vida ao personagem com uma sequência vitalícia. O que houve foram paródias e tentativas de manter viva a mascote, mas com diferenciais que tiraram sua originalidade”.
O livro Nhô Quim — A história que eu conheço foi lançado em 2013 e editado pela Secretaria Municipal de Ação Cultural, em comemoração aos 65 anos do mascote. “Criou-se um marco entre o antes e o depois. Ou seja, 65 anos após sua criação fiz uma pesquisa e indiquei como ele surgiu, principalmente pelo relato de meus 45 anos de vida. As pessoas envolvidas foram falecendo. Quase nenhuma deixou um relato conciso. O que fiz foi colocar no papel o relato de uma pesquisa a qual dou uma credibilidade imensa. A geração atual conhece o Nhô Quim como sendo sinônimo do E. C. XV de Novembro de Piracicaba e não como o personagem que foi a mascote do alvinegro. Os torcedores sabem quem é. Mas cada um tem uma versão modernizada do Nhô Quim. O próprio XV tem uma boneco de espuma que aparece nas partidas do Paulistão interagindo com a torcida. É uma forma de resistir ao tempo”, conta o autor do livro.
O filho do ilustrador também lembra que o pai não guardava mágoa nenhuma pelo fato do Nhô Quim ter passado pelas mãos de tantas outros desenhistas, como Nino Borges, na Gazeta. Eram outros tempos em que se acreditava que ler histórias em quadrinhos causava demência e era um atentado à moral dos bons costumes, conta Edson. Por isso, quando seu pai ainda era pequeno, desenhava escondido na escola e nunca recebeu incentivo da família para seguir adiante com a sua arte. Muitas de suas obras foram rasgadas e jogadas no lixo pela família na época.
No livro A Guerra dos Gibis — a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos 1933/1964 (Companhia das Letras), o jornalista Gonçalo Júnior entrevista Edson Ronati e cita os fanzines “Ficção”, editados por ele nos anos 60. O autor conta que tanto os quadrinhos como a televisão eram considerados campos férteis para a infiltração e difusão de ideologias de esquerda e a criança era vista como um alvo fácil para a “cooptação vermelha na América”. Por isso, toda valorização de sua obra era muito bem-vinda pelo pai, conta Edson.
“O desenho do Nhô Quim em seus 47 … 48 anos de personificação sempre foi feito com muito coração, tanto que meu pai nunca ganhou um centavo com isso. Fazia o desenho como uma hobby, algo que o preenchia pessoalmente. A personificação por outros autores só serviu para consolidar seu nome (o do personagem) e a envaidecê-lo”.
ALVINEGRO ZEBRADO E CENTENÁRIO
Era 11 de outubro de 1913 quando a Gazeta e o Jornal de Piracicaba traziam em suas páginas a nota: “Será inaugurado hoje, nesta cidade, mais um clube de foot-ball, intitulado 15 de Novembro”.
A data oficial de criação do clube é 15 de novembro de 1913. Mas a história do futebol na cidade começa antes, em 1903, quando foi fundado o Club Sportivo Piracicaba, que oferecia aos associados corridas na antiga Raia do Salto e ainda dispunha de material de futebol vindo da Inglaterra.
Alguns anos depois, na década de 1940, os funcionários de uma marcenaria da redondeza jogavam futebol durante o horário de almoço com uma bola feita de meia. Era a equipe do 12 de Outubro. Mas o espaço — um espécie de quintal — era dividido com varais de roupas alvejadas pelas lavadeiras e a convivência acabou não dando muito certo.
As partidas foram então transferidas para a rua Regente Feijó, no centro da cidade, e transformaram um pasto num campo, que viria a ser o primeiro campo do XV de Piracicaba.
As pelejas do 12 de Outubro costumavam ser contra o Esporte Clube Vergueirense, um time formado pela família Pousa. Com o tempo, os dois times foram se unindo cada vez mais e os embates se fundiram numa só camisa alvinegra: nascia o Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba. O capitão Carlos Wingeter, integrante da Guarda Nacional, foi convidado para se tornar presidente do clube e sugeriu o nome XV de Novembro, em homenagem à data da Proclamação da República do Brasil.
Apelidada de “Pérola Paulista” por conta da economia local direcionada à agricultura canavieira para produção de açúcar, aguardente e café, a cidade de Piracicaba tinha cerca de 40 mil habitantes nessa época. Como o clube surgiu do envolvimento de famílias tradicionais da sociedade piracicabana, a aceitação dos moradores com o time foi imediata.
Mas a camisa zebrada com listras horizontais tão tradicional hoje em dia não reluzia nesses primeiros anos. Na fundação, o Nhô Quim jogava de camisas brancas e meiões pretos com pequenas faixas brancas horizontais.
Entre as títulos que enchem os olhos e afagam a memória dos quinzistas estão o vice-campeonato Paulista da Primeira Divisão em 1976, perdendo para o Palmeiras, quando seu presidente era o lendário Romeu Italo Ripoli. Além disso, conquistou cinco títulos no Campeonato Paulista da Série A2 e um título no Campeonato Brasileiro da Série C. Atualmente, o XV de Piracicaba disputa a Série A1 do Campeonato Paulista. Acabou de completar 101 anos de história no dia 15 de novembro de 2014 e continua enchendo os estádios.
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