
[FLIP] Mesmo sem ingresso para a FLIP, aproveite todas as opções que Paraty oferece
Se você está na turma daqueles que se planejaram antecipamente, tiveram paciência e agilidade para comprar os ingressos da 10a Edição da FLIP que começaram a ser vendidos no início do mês pela internet e pontos de venda, já deve estar tranquilo com as entradas garantidas.
Mas se este não for o seu caso, não se desespere. Durante a festa, a cidade de Paraty oferece outras opções alternativas e, muitas delas, gratuitas. Se você não conseguiu ingressos para as mesas oficiais do evento, acompanhe a programação paralela da FLIP.
Off Flip
Uma das programações paralelas mais conhecidas, a OFF FLIP, acontece desde a edição de 2005 da festa. Traz debates, saraus e espaços para artes cênicas e música.
Dentro da programação acontece o Prêmio Off FLIP, que dá espaço a autores locais, nacionais e internacionais nas áreas de conto e poesia. Os 30 textos finalistas deste ano serão publicados em uma coletânea pelo Selo OFF FLIP e lançados ano que vem. A premiação dos autores vencedores deste ano será na sexta-feira, 8 de julho, no Espaço SESC, 18h30.
Confira a programação completa: http://offflip.paraty.com/offflip2012/?page_id=6
Casa da Cultura e Teatro de Paraty
Os eventos da Casa da Cultura fazem parte da programação oficial da FLIP. Neste ano, além de Drummond, o autor homenageado da festa, as mesas terão temas como Jorge Amado (com João Ubaldo Ribeiro e o dramaturgo Walcyr Carrasco) e a Semana de 1922. Autores internacionais também estão confirmados, como o português José Luís Peixoto e a inglesa Annalena McAfee, criadora do suplemento literário do Guardian.
Haverá ainda espaço para eventos gratuitos, como o debate sobre as novas políticas públicas de promoção do livro e da literatura brasileira no exterior. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria da própria Casa da Cultura, que fica no Centro Histórico da cidade (Rua Dona Geralda, 177) ou ainda na bilheteria oficial da FLIP. Para os eventos gratuitos, é necessário retirar ingressos na Casa da Cultura uma hora antes. Confira aqui a programação completa (http://www.publishnews.com.br/telas/noticias/detalhes.aspx?id=69048)
Ali pertinho da Casa da Cultura, na mesma Rua Dona Geralda, mas no número 327, está localizado o Teatro Espaço, que nesta época também prepara uma grade de atividades especiais para o público. Um dos destaques da casa é o Teatro de Bonecos, do Grupo Contadores de História. Atualmente, está em cartaz a peça Em Concerto, apresentada às quartas e sábados, às 21h. O espetáculo é dirigido por Marcos Caetano Ribas e os bonecos – que não pronunciam sequer uma palavra - são conduzidos por Rachel Ribas e Inez Petri. Vale a pena conferir a programação!
Espaço das Instituições Parceiras da FLIP e roda de poesia
Algumas instituições parceiras da FLIP montam seu QG durante a festa e oferecem ao público uma programação exclusiva, como é o caso do Itaú Cultural, do Instituto Moreira Salles (IMS) e da Companhia das Letras. As atrações vão desde sessão de autógrafos e bate-papo com autores até pocket shows ao final do dia.
As editoras Intrínseca, Rocco e Alfaguara serão novidade neste ano na festa e terão, pela primeira vez, espaços em Paraty para promover seus autores. Segundo nota divulgada na Folha de S.Paulo, a casa da Intrínseca será decorada com as ilustrações que Rafael Coutinho fez para as capas dos livros da autora convidada, Jennifer Egan. O espaço da Alfaguara terá um coquetel no dia 5, após o anúncio da Revista Granta dos Melhores Jovens Escritores Brasileiros, que será na Casa Azul.
Já a Casa do IMS lançará um programa da Rádio Batuta e terá atrações musicais na programação noturna, além dos autores convidados Alejandro Zambra e Dulce Maria Cardoso. A Companhia das Letras anunciou o debate entre Annalena McAfee, autora de "Exclusiva" e mulher de Ian McEwan, Jonathan Galassi e Deborah Rogers.
Também vale ficar atento à propaganda ‘boca a boca’ quando chegar à Paraty. Muitos artistas independentes organizam saraus e anunciam no decorrer dos dias. Uma atração já famosa nas edições passadas da festa é a Roda de Poesia e Fogueira que acontece na sexta-feira à noite, em frente à casa da Família Real Brasileira. O lugar está localizado na Rua Fresca, a última rua antes do mar, próxima ao píer. É só chegar e acompanhar os recitais de poesia. Se você quiser, também pode apresentar a sua.
Ecoturismo e cultura local
Se além de todas essas opções você achar que ainda sobra tempo para uma atividade ao ar livre, a dica é aproveitar o dia com os vários passeios de escuna que a cidade oferece. São inúmeras praias e restaurantes nas ilhas ao redor de Paraty que podem ser acessados por barco. É só chegar até o píer e combinar o preço com os barqueiros que ficam ali de prontidão. Se preferir, há também agências na cidade e nas pousadas que podem intermediar esses passeios (veja aqui algumas agências http://www.paraty.com.br/agencias.asp).
No domingo, você pode aproveitar a hora do almoço para conhecer a Comunidade Quilombola “Campinho da Independência”, que fica a 13km de Paraty. No restaurante local são oferecidos pratos típicos, como café de cana ou café de garapa, biju, paçoca de banana, azul marinho (peixe cozido com banana verde) e feijoada. O cardápio de sobremesas traz doces de frutas da região como doce de jaca, banana, mamão verde, goiaba, pé-de-moleque (farinha de mandioca com gengibre) e farinha de coco.
Durante a visita, também é possível conhecer o artesanato Quilombola e a trilha ecológica, com aproximadamente 2 horas de duração, que passa pelo mirante da Baía de Paraty. No passeio, o turista ainda pode ter contato com espécies nativas da fauna e flora da região e finaliza o percurso numa cachoeira. O Quilombo fica na BR 101, Rodovia Rio-Santos, altura do Km 589.
Para os amantes da natureza, os passeios às cachoeiras não podem ficar de fora no roteiro. Entre as mais famosas da região estão a Cachoeira do Iriri, no km 158 da Rio-Santos; a Cachoeira do Tobogã, mais conhecida como Pedra que Escorrega; e a Pedra que Engole, que pode ser acessada por uma trilha de 15 minutos desde a Praia do Meio, em Trindade, pertinho de Paraty. Veja aqui relação das cachoeiras da região: http://www.paraty.tur.br/cachoeiras.php
Alambiques e o Caminho do Ouro
Ao andar pela cidade, você irá perceber a forte presença da cachaça, tanto na degustação quanto na gastronomia local. A influência é tanta que existe até um Festival da Cachaça, que acontece sempre no mês de agosto.
Paraty tem atualmente sete alambiques que possuem o selo de Indicação Geográfica, que confere às cachaças a garantia de procedência e o controle de qualidade. Outra ótima opção de passeio é a visitação desses alambiques, que ficam abertos ao público e é possível conhecer todo o processo tradicional de fabricação, além da degustação ao final. O alambique da Cachaça Coqueiro (http://www.cachacacoqueiro.com.br) fica a 6,5km do trevo da entrada de Paraty, no Km 583 da BR 101. Há ainda a famosa cachaça Maria Izabel, produzida no Sítio Santo Antonio, à beira-mar, no Corumbê, 8 km ao norte da cidade de Paraty (http://www.mariaizabel.com.br/).
O turismo histórico também é muito explorado em Paraty. Além da arquitetura da cidade, há o passeio pelo Caminho do Ouro, que fica na Estrada Paraty-Cunha, antiga Estrada Real. O caminho foi construído pelos escravos entre os séculos 17 e 19, a partir de trilhas dos índios guaianazes, e ligava Minas Gerais a Rio de Janeiro e São Paulo. No chamado "Ciclo do Ouro", Paraty era um importante porto escoadouro da produção de ouro de Minas para Portugal.
A caminhada é de nível médio e é obrigatório o acompanhamento do guia de turismo local especializado e credenciado pela Embratur. Mais informações: http://www.paraty.com.br/caminhodoouro/passeio.htm
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